"Um dos aspectos do véu que cobre a percepção é o que chamamos de “eu” idealizado, ou máscara - é o fingir ser. A máscara está a serviço de agradar, para através disso, você conseguir ser reconhecido, aceito e amado. Isso começa geralmente na infância, quando a criança é impedida de ser ela mesma; quando ela não é aceita do jeito que ela é. Com o passar do tempo, ela se acostuma com a máscara, até que ocorre uma cisão com o Eu real. A partir desse momento, tudo o que ela sente como espontaneidade ou liberdade é mentira. É tudo uma atuação, um teatro da máscara. Daí surgem diversos sintomas como ansiedade, depressão, angústia, ou ainda, as compulsões e os vícios que são uma forma de aliviar a dor dessa distância do Eu real. Uma das formas de amortecer a dor é a busca por sexo, comida, dinheiro, poder e seus desdobramentos. Você somente se liberta do ‘eu’ idealizado quando se torna capaz de suportar a frustração. Há que se aprender a suportar a frustração, até que você não sofra mais pelo fato de não agradar ao outro; até que compreenda que você nunca vai agradar a todos, e tudo bem se o outro não gostar de você."

Sri Prem Baba

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